Diversas pesquisas apontam que participação das mulheres no mercado de
trabalho ainda é muito incipiente perto do preparo das profissionais e
do perfil que possuem. Susana Falchi, CEO da
HSD Consultoria em RH
, lembra que, apesar dos avanços na igualdade de gêneros ainda
caminharem devagar, tornaram-se mais comuns exemplos de liderança
feminina de sucesso. "
As mulheres no poder mostram que as
empresas ganham com a diversidade, pois elas possuem atributos
importantes e complementares aos masculinos", analisa a
especialista. "Elas têm uma força enorme, são multitarefas por natureza,
observadoras, tem facilidade para criar empatia, conseguem trazer seus
valores para o seu processo decisório e buscam fazer o que é o certo,
dentro de uma perspectiva de retidão, talvez até porque são chamadas o
tempo todo", completa a CEO da HSD Consultoria.
De acordo com Susana Falchi, ao menos quatro habilidades se destacam
de forma única na gestão feminina dentro do âmbito corporativo. Saiba
quais são elas:
1.Versatilidade
Por força da necessidade da gestão do lar e do ambiente familiar, as
mulheres desenvolveram a capacidade natural de realizar várias
atividades ao mesmo tempo. O mercado empresarial não é feito por
especialistas profundos em apenas uma pequena área e nem por generalista
que conhece um pouco de tudo, mas pelo híbrido entre essas posições. As
organizações procuram pessoas que têm visão geral,
capazes de responder com profundidade por áreas vitais para sua
sobrevivência e com conhecimento generalista para atuar em áreas
periféricas
2. Sensibilidade
Como principal gestora da família desde o início da humanidade, a
mulher precisa estar atenta a detalhes que faziam a diferença na
sobrevivência. No mundo empresarial, é possível observar que elas demonstram performance acima da média e se sobrepõem quando o assunto é atenção ao detalhe.
Na área financeira, controladoria e contabilidade, por exemplo, as
profissionais têm alto grau de confiabilidade sobre as tarefas
realizadas
3. Empatia
Maior identificação ao estabelecer e gerenciar relacionamentos interpessoais. Historicamente, elas
tiveram que criar e impor a sua liderança por habilidades que podem ser
chamadas de soft skills ou competências ligadas ao relacionamento. Diferentemente do homem, que geneticamente atende seu instinto de impor a liderança pela força ou pelo uso de coerção.
4. Confiabilidade
As mulheres oferecem menos risco na gestão, pois exibem perfis de
personalidade menos propensos a desvios de conduta que resultam em
potenciais riscos para as organizações. É o que mostra a Pesquisa Perfil
Comportamental de Executivos: homens versus mulheres, elaborada pela
HSD Consultoria. O estudo comparou percentuais de pessoas com desvio de
caráter com relação ao sexo, e 20,77% das mulheres em cargos executivos
demonstram o problema. Já o percentual dos homens é bem maior: 29,2%.