O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, desacelerou
e ficou em 0,71% em janeiro, depois de registrar 1,05% em dezembro de
2019, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 23, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, o índice
registrado em janeiro é o maior para o mês desde 2016, quando foi de
0,92%. Em janeiro do ano passado, a taxa foi de 0,30%.
A inflação do período refletiu o
comportamento do preço da carne bovina, que passaram de uma alta de
17,71% em dezembro para 4,83% em janeiro. Os preços das frutas (3,98%) e
do frango inteiro (4,96%), porém, aceleraram na comparação com
dezembro. Já a cebola caiu 5,43%.
Entre os nove grupos de
produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta na passagem de
dezembro para janeiro. A maior variação (1,83%) foi do grupo alimentação
e bebidas. Em seguida está p grupo transportes (0,92%), impactado pela
gasolina, que continuou subindo em janeiro (2,64%).
Ainda no
grupo transportes, o resultado dos Ònibus urbanos (0,30%) foi
consequência dos reajustes das passagens em Brasília e São Paulo. O
mesmo ocorreu com os táxis (0,28%), devido ao aumento médio de 2,20% nas
tarifas no Rio de Janeiro, e nas passagens dos Ònibus interestaduais
(2,91%), em Salvador. Por outro lado, as passagens áreas caíram -6,45 em
janeiro, após alta de 15,63% registrada no IPCA-15 de dezembro.
A maior deflação foi registrada no grupo habitação (-0,14%),
influenciado pela energia elétrica (-2,11%). A queda nas contas de luz
decorre da manutenção da bandeira tarifária amarela em janeiro, que
adiciona nas faturas R$ 1,34 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Também em habitação, o gás encanado e o botijão de gás variaram 0,49% e
0,21%, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,01%
em artigos de residência e a alta de 0,47% em despesas pessoais.
O IPCA-15 é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40
salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além
de Brasília e Goiânia, entre a segunda quinzena no mês anterior e a
primeira quinzena do mês de referência. . Em 12 meses, o indicador
acumula alta de 4,34%, acima dos 3,91% registrados nos 12 meses
anteriores e também acima da meta de inflação do ano, que é de 4%.
Em janeiro, todas as regiões pesquisadas apresentaram alta na inflação.
O maior resultado foi visto em Belém (1,13%), influenciado pelo frango.
Já o menor índice foi registrado em Brasília (0,29%), por conta da
queda nos preços das passagens aéreas.