13/01/2020
Mercado financeiro baixa para 3,58% a previsão de inflação para
RSSAnalistas do mercado financeiro
consultados pelo Banco Central revisaram ligeiramente para a previsão
para a inflação em 2020. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta
segunda-feira, 13, a previsão é que o indicador feche o ano em 3,58%,
enquanto na semana passada a previsão foi de 3,60%. A aposta do mercado é
que os preços desacelerem e fiquem abaixo do patamar de 2019.
A
previsão está abaixo da meta prevista pelo governo para este ano, que é
de 4%. Porém, há uma margem de tolerância de um ponto e meio porcentual
pata baixo ou para cima. Essa foi a primeira edição do boletim após os
resultados do Índices Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de
2019, que fechou em 4,31%. Pouco acima do centro da meta e também maior
que a última previsão do mercado, de 4,13%. Segundo o IBGE, responsável
pela divulgação do resultado da inflação, o IPCA de 2019 aumentou por
conta da disparada no preço das carnes no fim do ano.
A
previsão para o crescimento da economia ficou estável nesta semana. A
projeção é que o Produto Interno Bruto do país feche o ano em 2,30%.
Caso se confirme, será o maior crescimento desde 2013, quando o Brasil
registrou PIB de 3%. Os resultados de 2019 serão conhecidos em março,
mas a expectativa do mercado é que o país tenha crescido 1,17%, pouco
acima do resultado de 2018, de 1,10%.
Outros indicadores
O mercado manteve a previsão para a taxa básica de juros da economia, a
Selic, no fim de 2020 em 4,5% ao ano. Atualmente, a taxa de juros já
está nesse patamar, o menor da história. Com isso, o mercado segue
prevendo juros estáveis no ano que vem. O Comitê de Política Monetária
(Copom) se reúne no início de fevereiro para definir sobre a política
monetária em 2020 e, em sua última reunião, fez mistério para onde pode
caminhar a taxa.
No câmbio, o mercado financeiro projeta que o
dólar termine 2020 vendido a 4,04 reais, abaixo dos 4,08 reais da semana
anterior. Na última sexta-feira, a moeda americana fechou o pregão
cotada a 4,10 reais. A expectativa é que a assinatura de um acordo entre
EUA e China pressione menos o valor da moeda americana.