Alain Bouchard, presidente e um dos fundadores da Couche-Tard, chegou a
se reunir com o ministro Bruno Le Maire para tentar convencê-lo a dar
aval ao negócio. Há informações de que o executivo garantiu 3 bilhões de
euros em investimentos ao longo de 5 anos e o compromisso de não cortar
funcionários por 24 meses. Não foi o suficiente para convencer o
governo da França, que não mudou de ideia nem mesmo com uma ligação do
governo do Canadá lembrando que o país da América do Norte nãoacionou seus órgãos de proteção de mercado quando a francesa Alstom, do setor ferroviário, comprou a canadense Bombardier.
Maior rede global de lojas de conveniência, a Couche-Tard havia
colocado na mesa uma proposta para comprar o Carrefour por cerca de 16,2
bilhões de euros na cotação atual. Por meio de comunicado conjunto, as
companhias expressaram que "à luz dos eventos recentes, as negociações
não prosseguirão".
O mercado recebeu mal a notícia. Na manhã de hoje (18/1), as ações do
Carrefour acumulavam queda em torno de 6% na Bolsa de Valores de Paris.
Na avaliação de analistas do banco Citi, há possibilidades de canadenses
e franceses retomarem as conversas em médio prazo.