Encantar o cliente é o que explica a produtividade acima da média
nacional, segundo Carlos Beal, diretor comercial da rede. Essa é a
nossa missão. E ela permeia todas as ações no PDV: da escolha dos
produtos ao atendimento aos clientes. Nossos colaboradores têm essa
missão como principal foco, e acredito que isso faz a diferença,
afirma.
Beal explica que as lojas são projetadas para propiciar experiências
positivas. Ao mesmo tempo que atendem necessidades do dia a dia, também
oferecem indulgências. Gôndolas baixas, iluminação adequada,
mix com novidades e produtos importados, self checkouts e fila única são
algumas comodidades encontradas nas unidades, diz.
Frutas, legumes e verduras, carnes e padaria são seções que puxam as vendas por metro quadrado, além dos vinhos de importação própria. Fomos escolhidos pela população de Curitiba, por meio de um concurso promovido pela Top View Gastronomia, do Grupo Ric Record, o melhor lugar para se comprar vinhos na cidade, nas edições de 2018 e 2019, conta o empresário.
A rede gaúcha aposta na técnica do cliente oculto para identificar como
melhorar a experiência de compra do shopper. Trata-se de uma
metodologia pela qual um profissional se passa por um consumidor fazendo
compras para avaliar como está o atendimento. A partir do que é
constatado nessas visitas, a varejista consegue calibrar o treinamento
dos colaboradores a fim de manter a qualidade de toda a operação e do
relacionamento com quem frequenta as lojas.
Nossa proposta é fazer com que o cliente nos escolha pelo atendimento que oferecemos, afirma Patrique Nicolini, diretor executivo da rede. O varejista aponta ainda, como fator de sucesso, operar com lojas compactas. A exceção fica por conta da loja de Pelotas, inaugurada recentemente. A unidade tem 6.000 m2 de área construída, contra uma média das demais filiais de 685 m². A seção de perecíveis é o carro-chefe de vendas nas lojas, em função do alto valor agregado e taxa de recompra.
Segundo Ugo Dalpiaz, sócio-proprietário da rede Dalpiaz, ter lojas pequenas ajuda a manter uma produtividade/m2
alta, já que a média das unidades é de pouco mais de 500 m². O
varejista acrescenta que as filiais atendem um público geral. Osório é
uma cidade pequena, com pouco mais de 45 mil habitantes, por isso não
atuamos em um nicho específico. Procuramos atender focados na
excelência, diz.
Além da mercearia, de um modo geral, o setor de açougue tem uma importância muito grande nas vendas. Temos um cuidado especial com a escolha dos fornecedores e com os profissionais que atuam na área, diz. Em relação aos colaboradores, Dalpiaz pontua que são parte importante do bom atendimento da rede. Por isso, sempre que possível a varejista encaminha funcionários para participar de treinamentos de qualificação externos. Também são realizados cursos na própria empresa.
UGO DALPIAZ
sócio-proprietário dos Supermercados Dalpiaz
Diminuir a ruptura e as perdas é uma maneira de melhorar as vendas, o que impacta a produtividade/m2 e o resultado final da empresa. No Nicolini, a falta de produtos fica em patamares de 3% a 4%, bem inferiores à média de 12% registrada após o início da pandemia.
Para isso, a varejista trabalha com níveis de estoque acima dos da
concorrência. Já o Festval conta com uma equipe dedicada a combater não
apenas a ruptura, mas também as perdas. Esse time conta com
acompanhamento da diretoria, a quem reporta os problemas identificados.
Atuando nas lojas e no Centro de Distribuição, esses colaboradores têm
autonomia para tomar decisões.