Para Juliana Domingues, titular da secretaria, as notificações se justificam para identificar a causa dos reajustes, sobretudo do arroz. "Não podemos falar em preços abusivos sem antes avaliar toda cadeia de produção e as oscilações decorrentes da pandemia, afirmou.
Por outro lado, analistas ouvidos pelo jornal Valor Econômico acreditam que a iniciativa é mais "para inglês ver", sem possibilidade de efeitos práticos como um eventual tabelamento de preços. No fim do dia de ontem (9/9), o presidente Jair Bolsonaro declarou que não haverá intervenção do governo no mercado.
Supermercados notificados pela Senacon terão de listar os itens da cesta básica que tiveram maior reajuste no último mês, além de mencionar os fornecedores e informar o preço médio praticado por eles nos últimos 6 meses.
A principal decisão do governo federal para conter elevação no preço do arroz foi a retirada da taxa de importação do alimento, iniciativa elogiada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), segundo a qual a decisão "não reduzirá os preços para patamares do início do ano, porém pode atenuar o aumento".