Após as fortes chuvas da última
segunda-feira (10), a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São
Paulo ( Ceagesp ) estimou que o prejuízo sofrido após as inundações
tenha sido de R$ 24 milhões. Em coletiva de imprensa na tarde da
terça-feira (11), a Ceagesp comunicou que foram perdidos R$ 20 milhões
em produtos e outros R$ 4 milhões em vendas não-realizadas.
Desde segunda, o local segue sem
energia elétrica e está fechado para trabalhos de limpeza. No maior
entreposto da América Latina , muitos caminhões ficaram ilhados por mais
de 24 horas.
O presidente do Ceagesp , Johnni Hunter Nogueira , comunicou que 7 mil toneladas de alimentos foram perdidas.
De
acordo com Nogueira, as medidas cabíveis já estão sendo tomadas. Além
disso, as equipes de limpeza e de recolhimento para a remoção de todo o
lixo acumulado e de mercadorias impróprias para consumo já foram
acionadas.
"A nossa preocupação foi com o descarte
dos alimentos que poderiam estar contaminados pelas águas. O descarte
vai ser feito através de aterros sanitários e nós contratamos mais
caminhões e mais máquinas para que isso seja feito da maneira mais breve
possível", afirmou o presidente da empresa.
Serão
montadas forças-tarefas para o monitoramento 24 horas do mercado, com
trabalhos de fiscalização e segurança, "com intuito de inibir a
comercialização ilegal de mercadorias e assim prevenir possíveis casos
de contaminação alimentar".
A Ceagesp afirmou em
nota: "Sobre as especulações sobre um possível desabastecimento ou
aumento nos preços, a Companhia acredita que tais boatos são infundados e
que assim que a comercialização no mercado volte a funcionar, tudo isso
também voltará ao seu ritmo normal".
O local também
foi afetado pela queda de energia elétrica , que persiste em 30% dos
boxes da central. De acordo com a empresa, a expectativa é de que até o
final desta terça a situação esteja normalizada em todos os pavilhões. O
varejão que ocorre às quartas-feiras não tem previsão de funcionamento.